Os cientistas acompanharam o registro diário detalhado de todos os alimentos e bebidas consumidos por um grupo de 4.255 pessoas, sendo que 753 dessas desenvolveram diabetes tipo 2 no últimos 11 anos. No início do estudo, os indivíduos tinham uma idade média de 59 anos e índice de massa corporal (IMC) de 26.
Cada participante preencheu um extenso questionário sobre todos os alimentos lácteos ingeridos, como leite, queijo ou iogurte. Estes foram divididos em alto teor de gordura e baixo teor de gordura, com base em um corte de 3,9% para o teor de gordura total. Produtos lácteos fermentados (iogurte, queijo e creme de leite) também foram classificados separadamente em alto e baixo teor de gordura.
Leite foi o mais consumido, representando 82% do cardápio de alimentos lácteos, seguido pelo queijo (9%) e iogurte (8%). Consumo de produtos lácteos total foi de 269 g por dia em médica, dos quais 65% eram com baixo teor de gordura.
O consumo total de produtos lácteos não foi associado com o risco reduzido de diabetes, mas a ingestão de laticínios de baixo teor de gordura foi, após o ajuste para idade e sexo. No entanto, a redução não era tão significativa quando se ajustava outros fatores, como IMC, tabagismo, consumo de álcool, classe social, atividade física e outros componentes da dieta.
Do mesmo modo, o consumo total de produtos lácteos fermentados foi associado com um risco 19% mais baixo, mas isto também se tornou não significativo após ajuste para fatores de risco.
No entanto, o iogurte de baixo teor de gordura foi associado com um risco reduzido de 35% mesmo após o ajuste para fatores de risco. Em uma análise separada, os autores descobriram que substituir lanches como bolos, biscoitos e chips pelo iogurte resultou em um risco 47% inferior para diabetes tipo 2. Segundo os pesquisadores, a medida ideal para consumo é 4,5 porções de tamanho padrão (125 g) por semana.
Vários mecanismos possíveis poderiam explicar a relação entre produtos lácteos fermentados e diabetes, incluindo a promoção da síntese de menaquinona (vitamina K2), que tem sido associada a taxas reduzidas de diabetes do tipo 2, ou as ações de bactérias probióticas, que têm sido encontrados para melhorar o perfil lipídico e antioxidante em pacientes com diabetes tipo 2, sugerem os estudiosos.
Aproveite oito benefícios do iogurte para a saúde
Se o leite já é um alimento excelente e rico em nutrientes para a saúde, imagine então o seu derivado que agrega praticamente todos os benefícios e ainda traz outras vantagens. "No iogurte, a lactose - um tipo de açúcar - foi transformada em ácido láctico por meio da fermentação bacteriana", explica a nutricionista Gisela Peres, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. "Isso faz com que o iogurte seja fonte de fermentos lácteos que melhoram a digestão e trazem benefícios para todo o organismo." Confira sete motivos para incluir iogurte na dieta e ainda aprenda uma prática receita caseira indicada por nutricionistas
O consumo regular de iogurte ajuda a recompor as bactérias benéficas da flora intestinal - chamadas probióticos. "Elas são verdadeiros soldados lutando para expulsar do organismo as bactérias 'ruins'", explica a nutricionista Gisela. Esses micro-organismos contribuem para aumentar a imunidade. "O intestino saudável é capaz de separar o que não nos faz bem e absorver os principais micronutrientes, como as vitaminas", complementa.
Por ser derivado do leite, o iogurte é excelente fonte de cálcio, um mineral importante para a saúde dos ossos. Uma porção de 100 gramas do alimento contêm, aproximadamente, 121mg de cálcio, segundo a Tabela de Composição Química dos Alimentos da Unifesp. "Recomendo a ingestão de iogurte, principalmente, para ajudar no crescimento de ossos e dentes de crianças e prevenir a osteoporose, principalmente em mulheres", afirma a nutricionista Gisela.
Quanto antes você iniciar a ingestão de cálcio para prevenir a perda de massa óssea, melhor. "O esqueleto é considerado um grande reservatório de cálcio", afirma a nutricionista Simone Freire, de São Paulo. Ela explica que o pico de massa óssea é geralmente alcançado por volta dos 30 anos. "Acredita-se que, por volta dos 40 anos e com a chegada da menopausa, começa a diminuição da massa óssea, sendo a mulher mais vulnerável à osteoporose por causa da mudança na produção de hormônios", diz.
A nutricionista Thatyana Freitas, da clínica Stesis, em São Paulo, conta que essas vitaminas ajudam a manter a tonicidade muscular do aparelho gastrointestinal. "Elas também atuam no metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos e têm importante papel na produção de energia para o organismo, na oxigenação das células e na produção de neurotransmissores", afirma a nutricionista. Alguns estudos também apontam que as vitaminas do complexo B podem ajudar a combater a depressão e a ansiedade.
"O cálcio é um mineral que ajuda nas contrações musculares e na comunicação das células do sistema nervoso", conta a nutricionista Thatyana. Com isso, há uma melhora da função dos neurônios, que são células do sistema nervoso que dão estímulos (impulsos nervosos) para realizar as mais diversas atividades do corpo. Além desse nutriente, a nutricionista Gisela conta que as vitaminas do complexo B presentes no iogurte ajudam a melhorar a eficiência desses impulsos nervosos.
"O intestino responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo, que é um neurotransmissor responsável pelo bom humor", afirma a nutricionista Thatyana. Como as bactérias benéficas - os probióticos - do iogurte melhoram a saúde desse órgão, maiores podem ser as chances de estimular a sensação de bem-estar e o bom humor, ajudando você a executar as suas tarefas diárias com mais ânimo e disposição.
Melhora o trânsito intestinal
Como os probióticos encontrados no iogurte melhoram a saúde do intestino, ele tende a deixar de ser "preguiçoso" e passa a funcionar melhor. Se você consumir iogurte regularmente, poderá ter menos chances de sofrer de prisão de ventre e outras complicações decorrentes da digestão.
Fonte de proteínas
Segundo a nutricionista Gisela, as proteínas são fundamentais por formarem os músculos e as vísceras. "As proteínas também constituem os hormônios que regulam o funcionamento dos mais diversos órgãos do corpo e alguns tipos de proteínas ainda servem de anticorpos, ou seja, defendem o organismo de agentes agressores", conta a profissional.
Como os probióticos encontrados no iogurte melhoram a saúde do intestino, ele tende a deixar de ser "preguiçoso" e passa a funcionar melhor. Se você consumir iogurte regularmente, poderá ter menos chances de sofrer de prisão de ventre e outras complicações decorrentes da digestão.
Segundo a nutricionista Gisela, as proteínas são fundamentais por formarem os músculos e as vísceras. "As proteínas também constituem os hormônios que regulam o funcionamento dos mais diversos órgãos do corpo e alguns tipos de proteínas ainda servem de anticorpos, ou seja, defendem o organismo de agentes agressores", conta a profissional.
Pesquisadores da Universidade de Tennessee (EUA) observaram que adultos com obesidade que comiam três porções de iogurte desnatado por dia, como parte de uma dieta de baixa caloria, perdiam 22% mais peso e 61% mais gordura corporal do que aqueles que simplesmente cortavam calorias. O estudo foi divulgado na publicação científica International Journal of Obesity. Segundo os autores, os resultados aumentam as evidências de que a ingestão de cálcio e proteínas, tanto do iogurte como de outros produtos lácteos, pode ajudar a queimar gordura e promover a perda de peso de forma mais acelerada.
As opções de iogurte no mercado já são ótimas, mas você também pode investir na receita caseira indicada pela nutricionista Thatyana - só cuidado para não exagerar no consumo, pois o resultado é um iogurte integral, ou seja, com mais quantidade de gorduras.
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