Eles são liberados pelos especialistas, mas apenas para quem não tem alergia ao perfume do produto.
Luciana Crema, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), recomenda o uso dos sabonetes íntimos na hora do banho. Eles possuem pH ácido, igual ao da vagina, além de ácido lático e soro de leite, substâncias que respeitam as propriedades naturais do local. “Já os sabonetes comuns são alcalinos. Quando usados nessa região, podem causar irritação e desequilíbrio do pH natural, o que favorece a proliferação dos fungos e bactérias”, explica.
Outro cuidado importante é não confundir higiene íntima com duchas íntimas. “A primeira significa lavar somente a região externa da vagina e a segunda é feita quando a mulher introduz o 'chuveirinho' na vagina”. A ginecologista explica que o segundo método prejudica a flora vaginal normal, importantes agentes de defesa local, por isso deve ser evitado.
Sabonetes íntimos, saiba usá-los!
Durante a menstruação evite os absorventes com perfume, eles causam alergias, coceira e até ardência. Ao contrário do que se pensa, os protetores de calcinha não devem ser usados todos os dias. Com a vagina abafada, o risco de corrimentos e infecções é maior, porque o local fica mais úmido e quente, ambiente propício para as bactérias.
No caso dos absorventes internos ou tampões, o cuidado é ainda maior. Não fique o dia inteiro com eles, o ideal é trocar em intervalos de quatro horas. No período menstrual alterne com absorventes comuns e não use o tampão para dormir.
Quem usa muitas vezes o tampão corre o risco de contrair a síndrome do choque tóxico, uma doença rara, mas grave. O nome estranho é por causa da toxina produzida por essa bactéria, Staphylococcus aureuse. Conhecida por SCT, a síndrome acontece principalmente em quem usa tampões de grande absorção, que retém muito o líquido e expande ao ser retirado. Isso fere as paredes da vagina e libera a entradas das bactérias. Se você tiver o costume de usar tampões e tiver os seguintes sintomas, como febre, vômitos, diarréia ou desmaios procure imediatamente um médico.
No dia-a-dia, a ginecologista indica o uso de roupas leves. Para quem fica muito tempo com a mesma roupa, a dica é fugir das calças apertadas de material sintético. O ideal é escolher peças com tecidos de algodão, saias e vestidos, que facilitam a respiração da região íntima.
As calcinhas também devem ser de algodão. Reserve as lingeries de renda e nylon para ocasiões especiais, já que também atrapalham a respiração do local, aumentando sua umidade natural.
Entretanto, não adianta todos esses cuidados se você não lavar a sua roupa íntima da forma certa. Segundo a ginecologista nada de lavar a calcinha no chuveiro e deixá-la secando no Box. “Ao fazer a limpeza no banho, aumenta-se a chance de sobrarem resíduos de produto no tecido, além de a calcinha ficar exposta a um ambiente quente e úmido, propício à proliferação dos microorganismos”, completa.
FONTE: Juliana Lopes
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