domingo, 30 de setembro de 2012

homenagem a Hebe Camargo


Disse ela ao jornal Folha de São Paulo, em abril deste ano, após sair de mais uma internação e, quase imediatamente, voltar ao trabalho: “quero mais é trabalhar, viver, viajar, ver meus amigos. Não sinto ter a idade que tenho. Sinto ter 52, 53 anos. Tenho meu público fiel, que não me abandona. Tenho as pessoas queridas que sempre me cercam. Para que vou querer ficar quietinha no meu canto?”

Não, ela não ficou quietinha um dia sequer, desde que estreou na vida artística, na década de 40, formando com a irmã Stella a dupla caipira “Rosalinda & Florisbela”. Hebe Carmargo Ravagnani, mais do que uma cantora e apresentadora, tornou-se uma espécie de história viva da televisão brasileira, da qual participou, sempre como uma grande estrela, em todas as suas fases.

Agora ela se foi, e não há muito mais a dizer sobre ela, a não ser que a amávamos todos, que a tínhamos como um exemplo e um modelo de vida. Hebe foi – e será para sempre – uma espécie de guia para muita gente boa que veio depois dela e hoje brilha. E sem ela, mesmo correndo o risco de escorregar pelo terreno do lugar comum, neste momento de tristeza só temos a dizer que sem ela a nossa televisão ficou mais pobre e o Brasil ficou mais triste. E que nunca, mas nunca mesmo a esqueceremos.


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