sexta-feira, 30 de março de 2012

UMA PAUSA PARA EDMUNDO DO VASCO



A noite que não deveria ter terminado

"Se for um sonho lindo não quero acordar, prefiro acreditar que você está aqui"
28 de março de 2012. Estádio de São Januário, aproximadamente 21:30.
Se me fosse dado o direito de dizer somente uma frase ao ídolo Edmundo seria esse trecho de uma canção romântica, que traduz com perfeição meu sentimento ao desfrutar de inesquecíveis momentos proporcionados por um dos caras que me ensinou a amar o Vasco e fez tantas tardes e noites da minha vida mais felizes. Ao mesmo tempo, cada minuto, cada passe, cada arrancada, era um sinal de que se aproximava a hora do adeus, como quando a luz do sol entra em nossas janelas e anuncia que se aproxima o fim de mais uma noite de sono.



O Animal estará para sempre na memória e no coração de todos os mais de 21.000 presentes na Colina Histórica. O mesmo vale para outros milhões espalhados pelo mundo. A imagem da fera arrancando com a bola, como se nada pudesse freá-la, brilhará em nossas retinas para todo o sempre, agora como uma lembrança de tempos que não mais voltam. Contaremos aos mais jovens as façanhas deste herói vascaíno e para nossa sorte, teremos o auxílio da tecnologia para relembrar seus gols e jogadas.


A história de Edmundo no gramado de sua eterna casa terminou com um gostinho de quero mais. Com 40 anos, há mais de 3 sem atuar profissionalmente, mostrou a velha categoria e mesmo contra jovens sub-20, não fugiu ao combate. Driblou, passou, trombou, deu carrinho e assinou uma obra-prima, o terceiro gol da goleada por 9x1 sobre o Barcelona do Equador.

Armou toda a jogada, lançou Fágner e apareceu para finalizar com estilo, em chute onde a bola ainda beijou a trave antes de tocar as redes. Antes, marcara um gol de pênalti, desejo manifestado antes do amistoso e também participou da jogada do gol de Alecsandro. Sua atuação deixou a certeza de que parou cedo, quando poderia ter feito muito mais.


Em sua festa, o ídolo era aplaudido até em passe errado. A torcida fazia questão de relembrar as canções de suas passagens anteriores, ao mesmo tempo que cantava as novas. Faixas e bandeiras reverenciavam o Animal e o placar eletrônico exibia lances de sua brilhante carreira. A emoção era incontrolável para o humilde coração de torcedor, do mais novo ao mais idoso. Perto de mim, uma criança perguntava ao pai sobre lances que passavam no telão e aprendia um pouco mais da história do seu Clube.

A noite de sonho reservou ainda trocas de passes entre 3 lendas vascaínas, Edmundo, Felipe e Juninho. Os dois últimos devem em breve também encerrar a carreira e receberem suas devidas homenagens. O Reizinho deixou sua marca em chute perfeito, enquanto o Maestro deu passes geniais, como no 9º gol marcado pelo jovem Allan.


Edmundo sai dos campos e agora vira história. O céu do Rio de Janeiro já começou a chorar antes mesmo que o jogo acabasse e assim amanheceu nesta quinta-feira. O ídolo fecha sua saga com a camisa vascaína com inúmeras demonstrações do mais puro dos sentimentos, o amor.

Amor esse que nunca mediu fronteiras, atitudes, erros e acertos. Edmundo simplesmente ama e é amado por milhões.

De todos os amores que eu tive és o mais antigo, Vasco minha vida, minha história, meu primeiro amigo







Obrigado Edmundo, por ser parte eterna desse amor. Obrigado por mais uma noite inesquecível.

O sonho infelizmente acabou. Mas não o amor. Esse nunca morre, mas vive para sempre.

Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal e você como ídolo, também jamais morrerá.

Muito obrigado!





Charge: Beto_Gomes

Por: Diego_Louzada



Fonte de imagem: Google imagem

Sds vascaínas a todos!

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