A menstruação torna-se irregular, ou seja, períodos espaçados, fluxo alterado (diminuído).A Sociedade Brasileira de Climatério (SOBRAC), considera o climatério uma endocrinopatia caracterizada por alterações funcionais morfológicas e hormonais dividindo-se em 3 fases: Pré-Menopausa, Menopausa e Pós-Menopausa.
A Pré-Menopausa compreende o período anterior a menopausa quando se iniciam as alterações endócrinas e biológicas. Um dos sintomas freqüentes e queixa comum nesse período é a irregularidade menstrual que ocorre em 90% das mulheres, durante, em média, quatro anos antes da menopausa, podendo ser confundida com uma patologia uterina.O termo menopausa é usado para o último fluxo menstrual experimentado por uma mulher.
A variação da idade é entre os 48 e 55 anos de idade. Sendo que a idade exata do seu acontecimento é extremamente variável de pessoa para pessoa e sofre a influência de diversos fatores como: hereditariedade, estado nutricional, a quantidade de tecido adiposo, tabagismo, histerectomia prévia e possivelmente a etiogenia.A deficiência de estrogênio é o fator básico que rege o período pós menopáusico. E esta deficiência tem efeitos maléficos sobre o organismo feminino gerando complicações de saúde. A pós-menopausa tem início um ano após a menopausa e finda na senilidade.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Manifestações Neurogênicas: ondas de calor, sudorese, calafrios, palpitações, cefaléia, tonturas, parestesia, insônia, perda da memória e fadiga.
· Manifestações Psicogênicas: alteração de humor, irritabilidade
· Manifestações Metabólicas: relacionados ao metabolismo ósseo e lipídico.
· Metabolismo ósseo: Cerca de 25% das mulheres na pós-menopausa tem osteoporose significativa devido a perda da massa óssea.
· Metabolismo lipídico: O LDL, HDL e triglicerídeos estão aumentados depois da menopausa, aumentando a incidência de doenças cardiovasculares.
· Manifestações Mamárias: As mamas tornam-se atróficas, com flacidez e redução do volume
· Manifestações Genitais: diminuição do tecido subcutâneo, hipoplasia da epiderme, diminuição dos pequenos lábios, diminuição dos pêlos pubianos, atrofia do epitélio vaginal, perda da elasticidade, menor secreção das glândulas sebáceas, diminuição da cérvix uterina, perda do tônus dos tecidos pélvicos e dos ligamentos que sustentam o útero predispondo ao prolapso.
· Manifestações Urinárias: incontinência urinária
· Manifestações do Sistema Tegumentar: Os pêlos do corpo, axilas e púbis sofrem
progressiva diminuição e os cabelos também sofrem quedas e embranquecimento.
· Manifestações Osteo-Músculo-Articulares: artrose, algias articulares, fadiga muscular, diminuição da força muscular e alterações do tônus.
CONSEQUÊNCIAS DO HIPOESTROGENISMO
INTERMEDIÁRIAS
· Atrofia da pele
· Disfunção sexual – do desejo, frequência e satisfação sexual
· Atrofia genital – Prurido e secura vaginal– Dispareunia, vulvovaginite atrófica Urgência/incontinência urinária– Síndrome uretral– Distopias genitais
TARDIAS
· Osteoporose
· Doença cardiovascular
· Doença de Alzheimer
SINAIS E SINTOMAS
· ovários não expelem mais folículos
· ovários se encolhem
· ovários param de produzir estrogênio
· há uma atrofia gradual dos principais órgãos
· glândula pituitária anterior deixa de inibir o ciclo de estrogênio
· continua a produzir FSH e LH
· seios sofrem diminuição estrutural
· útero diminui
· endométrio adelgaça-se
· cérvix diminui seu tamanho e suas secreções
· vagina atrofia suas paredes e perde a elasticidade
· altera-se seu pH – menos ácido – mais infecções
· predisposição ao prolapso
· perda de colágeno – tecido mais delgado e menos elástico
· déficit de estrogênio altera células uretrais – cistites, incontinências, uretrite, disúria
Mulheres histerectomizadas antes da menopausa cessarão de menstruar de imediato, porém os outros sintomas só aparecerão após cessar o funcionamento ovariano.Ondas de calor, suores noturnos, palpitações são devidoa diminuição de estrogênios circulantes e elevação dos níveis de FSH e LH.As transformações ocorrem não só no físico, mas no meio e nas atribuições da mulher (papel de mãe, relação conjugal, aposentadoria, doenças na família).Mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças cardiovasculares dos homens nessa faixa etária. A chegada da menopausa aumenta gradualmente a incidência dessas enfermidades no sexo feminino, até igualar-se a dos homens ao redor dos 70 anos.
FISIOTERAPIA NA MENOPAUSA
A fisioterapia tem como objetivos gerais:
Promover uma boa atividade física e ajudar a mulher a ajustar-se às mudanças deste período, tornando-a mais esclarecida, preparada e saudável;
Combater doenças degenerativas;
Prevenir ou tratar qualquer processo que desencadeie quadro álgico;
Prevenir e/ou tratar a incontinência urinária;
Trabalhar a amplitude de movimento proporcionando melhora na mobilidade articular da paciente;
Trabalhar ganho de força muscular para melhorar a produtividade e a resistência, evitando a fadiga e o cansaço muscular;
Melhora do tônus que além de interferir no padrão postural, evita ou minimiza os desvios eventuais existentes;
Trabalhar o tecido ósseo - tratamento profilático quanto terapêutico, favorecendo a remodelação óssea;
Reequilibrar as tensões musculares, proporcionando o relaxamento muscular global;
Corrigir as alterações posturais, desenvolvendo um aumento da consciência postural, reestruturando o equilíbrio corporal.
FONTE: Fisioterapia da Mulher
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