Ultimamente tenho recebido vários pedidos de ajuda de crianças, isso demonstra o quão grande está se tornando o problema do sobre-peso entre crianças e pré-adolescente.Temos que pensar no futuro desde já, e esse futuro começa nas crianças. O que nos faz pensar….será que nossas crianças estão tendo a alimentação que merecem? Será que os pais estão cuidando realmente da alimentação e da saúde futura de seus filhos?
Comer bem não é comer muito
Até pouco tempo atrás as pessoas tinham o costume de dizer que se um bebê tinha muitas dobrinhas era saudável, se uma criança estava gordinha era sinal de saúde, mas hoje sabemos que isso não é a realidade.
Infelizmente hoje em dia uns quilinhos a mais não são privilégio dos adultos, o número de crianças que estão atingindo a obesidade cresce a cada dia, mas isso não diz respeito somente à aparência de nossos filhos, algo muito mais importante esta em jogo, a saúde deles, por isso temos que ficar atentos para essa nova realidade que nos assola.
Normalmente temos a dificuldade de diferenciar qualidade com quantidade na hora de preparar as refeições de nossos filhos, e por vezes, ao nos depararmos com o prato “limpo” após uma refeição, mas existe uma grande diferença entre uma criança estar bem alimentada e simplesmente saciada, e é nesse ponto que temos que tomar mais atenção.
No entanto os pais exercem um controle externo em seus filhos, e isso pode interferir no aprendizado da criança em diferenciar a sensação de fome e de saciedade, afetando assim o seu controle de ingestão de alimentos, levando assim a criança a obesidade, isso se dá em educações rígidas e restritivas, onde a criança não possui a liberdade de conhecer seus limites, no entanto em educações mais liberais por parte dos pais aonde os limites da criança são observados o desenvolvimento do amor próprio e também do autocontrole são mais fáceis de serem desenvolvidos.
É no primeiro ano de vida que se deve fazer uma introdução adequada dos novos alimentos, assim como a disponibilidade de vários alimentos saudáveis além de se preservar o ambiente familiar agradável, forma o alicerce para que a criança possa determinar suas preferências alimentares de acordo como padrão que lhe é fornecido, e isso ela levará para resto da vida.
Bons hábitos alimentares sempre
- A ociosidade é um dos maiores males da nova geração, o fato de não ter uma atividade física pode sim causar o aumento de peso em crianças e adolescentes. Tentar limitar o tempo de tv, games e computador, e sempre incentivar a prática de esportes. É sempre uma boa maneira de manter a boa forma, independente da idade.
- Evitar alimentar seu filho na boca, pois a criança deve participar ativamente do ato de comer, essa atitude não quer dizer que você não esta sendo carinhosa/o com seu filho, mas sim deixando-o mais independente.
- Ao servir seu filho, procure colocar pouca quantidade de comida no prato e garantir a repetição quando solicitada. É comprovado que crianças nessa fase se adaptam melhor com pequenas porções de alimentos oferecidas várias vezes ao dia , é preferível que ela coma de 5 a 6 vezes por dia em porções menores, do que você colocar uma grande quantidade e forçá-lo a comer de uma só vez.
- Mesmo assim procure oferecer em intervalos que permitam que a criança sinta fome, pois intervalos curtos geram recusas mais freqüentes, o que compromete a aceitação de determinados alimentos.
- Se existe um alimento que seu filho recuse, procure substituí-lo por outro equivalente, e passados alguns dias depois, ofereça o alimento recusado novamente.
- Lembre-se que a criança tende à imitação, ou seja, todas as atitudes daquele que prepara a alimentação e de quem oferece a refeição devem ser sempre positivas e favoráveis para a formação de bons hábitos, se os adultos se recusam a comer verduras e legumes, as crianças mesmo gostando, poderão passar a não querer mais.
- Nunca deve-se forçar a criança a comer, nem utilizar a refeição como recompensa, pois práticas como essas podem criar resistências difíceis de serem superadas.
- Deve-se dificultar o acesso a balas, doces e guloseimas. Mas isso não quer dizer cortar todos os prazeres da infância. Tudo em exagero faz mal, ou seja, não exclua, mas não libere geral, seda 1 ou duas vezes por semana um lanche diferenciado.
- Procure evitar alimentos gordurosos, açucarados e excessivamente temperados, como por exemplo, conservas e embutidos.
- Alguns fatores devem ser observados, se a recusa dos alimentos vem de aspectos que não sejam o sabor, como por exemplo, temperatura elevada, cheiro desagradável ou forte, misturas de alimentos, temperos, tipo de corte, esses itens devem ser observados.
- Alguns fatores exteriores devem ser levados em conta para que haja variações no apetite, por exemplo, maior ou menor grau de temperatura ambiental, maior ou menor atividade física, maior ou menor excitação psíquica, digestão mais rápida ou mais lenta da refeição anterior, gripes e resfriados, tudo isso deve ser levado em conta.
São pequenas atitudes que você deve tomar para que seu filho crie uma boa estrutura alimentar, e com isso, não corra o risco de ser mais um no índice de obesidade infantil!!
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