sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Agência exclusiva em Nova York para Modelos plus size


Equilibrar-se no salto durante horas, manter pele e cabelo bem cuidados, ter unhas impecáveis e o corpo sempre pronto para usar qualquer coisa. Os requisitos não distinguem as modelos e, de um tempo para cá, tornaram-se exigência também das representantes da categoria plus size. Sim, porque a moda deixou de ignorar os manequins acima do 44.

Kaela Humphries, top plus size

Tanto que Nova York ganhou há cerca de um mês sua primeira agência especializada em tops de todos os tamanhos. A JAG, nome da agência, também tem as magrinhas, mas seu foco são os tamanhos maiores. Pelo menos é essa a ideia dos empreendedores e ex-agentes da Ford Models Gary Dakin e Jaclyn Sarka, que já trabalhavam com mulheres, digamos, mais reais. A JAG tem em seu casting 30 modelos, incluindo Kaela Humphries, Kamie Crawford, Mckenzie Raley e Myla Dalbesio.

No Brasil, o mercado ainda é pequeno, mas aos poucos as modelos plus size começam a dar seus primeiros passos rumo à profissionalização. Flúvia Lacerda, conhecida como a Gisele Bündchen GG, é uma das pioneiras. "O que acontece muitas vezes é que para fazer um catálogo, por exemplo, muitos contratantes querem te dar uma roupa em troca, ou pagar bem menos que um trabalho vale. Se fosse uma modelo magra, seria assim?", questiona Tatiana Gaião, Miss Plus Size Rio de Janeiro 2010, modelo exclusiva de uma grife para gordinhas.
Fernanda Veras, Josiane Lyra e Nathalia Tavares vão estrelar editorial (Foto: Leandro Sant'ana / Divulgação)

Há pouco mais de um ano no mercado, a G+ Models foi criada pelas irmãs Karina e Sylvia Braune justamente para colocar um pouco de ordem nesse cenário. Antes delas, os cachês eram negociados diretamente com as modelos, que quase sempre saíam perdendo. "Enquanto nos desfiles os cachês de magras variam de R$ 400 a R$ 800 cada, as plus ganham em torno de R$ 500. O trabalho mais rentável foi para um editorial em que cada uma das três modelos recebeu cerca de R$ 6 mil. Mas isso é raríssimo", conta Sylvia.

Tatiana Gaião, Miss Plus Size Rio 2010: "Muitos
contratantes querem dar roupa em troca do
trabalho"

A agência ainda está na campanha pela padronização das numerações de roupas. "A ideia é que os brasileiros consigam identificar o vestuário certo pelas medidas do corpo. Das marcas que aderirem ao padrão, que não será obrigatório, poderemos comprar uma blusa observando na etiqueta a faixa de medida de busto e costas, por exemplo. A Levi's se adiantou e passou a classificar suas peças de acordo com uma pesquisa que consumiu um ano e meio e avaliou mais de 60 mil silhuetas femininas em 18 países, inclusive o Brasil".

fonte: EGO

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