domingo, 14 de setembro de 2014

O sexo não é mais o mesmo...pode ser melhor!

Aproveite, sexo depois dos 50 pode ser ainda mais prazeroso!

Aproveite, sexo depois dos 50 pode ser ainda mais prazeroso!

Com 50 ou 60 anos, não comemos mais as mesmas coisas de quando éramos crianças. Nem dá para lembrar por que jujubas eram tão gostosas. Com sexo é mais ou menos a mesma coisa: o gosto muda um pouco, e mesmo o apetite. As pesquisas que buscam mapear os hábitos sexuais de pessoas acima de 50 anos não eram comuns há algumas décadas. Investigava-se principalmente os que ainda estavam em idade fértil. Mas é certo que o sexo, a medida em que a idade chegava, ia lá para o fim da lista de prioridades na maioria dos casos.

Prova de que a situação vem mudando é o tanto que o assunto vem despertando o interesse dos pesquisadores, diante de uma população de ‘novos velhos’ superativos, batalhando para permanecer assim e nada dispostos a abrir mão do 'prazer de sentir prazer'. Um estudo realizado em 2010, o National Survey of Sexual Health Behaviour - NSSHB (Pesquisa Nacional sobre Comportamento Sexual e Saúde) nos Estados Unidos indicou que cerca de 54% dos homens e 42 % das mulheres continuam fazendo sexo entre os 55 e 80 anos. Ainda: 64% dos homens 47% das mulheres se masturbam.

O descompasso entre homens e mulheres, que gera essa ligeira diferença dos números, tem explicação. “O desejo masculino permanece praticamente inalterado com o passar dos anos uma vez que não sofre com tantas flutuações hormonais quanto as mulheres”, explica a educadora e fisioterapeuta sexual Débora Pádua. Mas chega um momento em que aspectos fisiológicos, como problemas circulatórios, comprometem a ereção. Diante disso, a tendência era o homem se ‘aposentar’ do sexo. Mas há 16 anos surgiu a primeira droga, o Viagra, garantindo uma ereção que não depende de idade. Depois dessa, vieram outras. Segundo o NSSHB, 7,7% dos homens entre 50 e 59 anos usam algum medicamento para facilitar a ereção, e o número sobe para 30,1% entre os que têm entre 60 e 69 anos.

As mulheres não precisam ter ereção. Portanto, no caso delas, as questões fisiológicas são menos impactantes, embora não menos importantes. Apesar de muitas relatarem que o desejo aumentou depois da menopausa (graças à testosterona, cujos índices podem aumentar), a maioria reclama que a libido, mediada pelos demais hormônios, tende a despencar. Além disso, a menopausa também traz outros efeitos indesejados como a secura e a falta de elasticidade da vagina, culpa da queda nos níveis do hormônio estrogênio. Mas esse quadro de desconfortos também vem mudando. Além da reposição hormonal que o ginecologista pode ou não indicar, dependendo do caso, cremes e hidratantes vaginais vem surgindo a cada dia, prometendo alívio e também garantindo conforto na hora do sexo.

De fato, a maior parte das limitações que envolvia (e continuam, em certa medida, envolvendo) o sexo depois dos 50 está relacionada a questões de comportamento miais do que de fisiologia. Ideias preconcebidas sobre o que é ‘ser velho’ são as que mais atrapalham.

Nem mesmo eventuais problemas de saúde deveriam impedir que um casal usufruísse sua vida sexual. Uma pesquisa, dessa vez realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, em 2007, mostra que a razão mais comum para a inatividade sexual entre os indivíduos engajados em uma relação íntima são as condições de saúde do parceiro. Pense de novo! Mais um motivo para fazer sexo: faz bem para a saúde em qualquer idade. “Melhora a circulação, a respiração, as condições emocionais”, diz Débora Pádua.

Uma jovem de 20 anos demora, em média, vinte segundos para passar do desejo para a excitação. Com 50 anos, esse tempo sobe para três minutos. E daí? Um dos privilégios de ter vivido muito é saber que, em matéria de sexo e prazer, mais tempo em geral conta a favor, não contra.

É preciso tirar vantagem do que os anos trazem. Primeiro, experiência, o que ajuda a baixar a ansiedade, inimiga número 1 da libido. Segundo, conhecimento. O corpo não é mais um estranho, o que dá prazer já é conhecido. Depois, não há mais preocupação em engravidar – o que não elimina a necessidade de usar camisinha já que a aids continua sendo um risco (os casos da doença entre os idosos praticamente quadruplicaram nos últimos três anos). Débora traz a receita para melhorar a vida sexual: “Fazer sexo! Isso mesmo, o sexo ajuda a manter o corpo ativo, que ajuda no sexo, criando um círculo virtuoso”.

A conceituada Clinica Mayo, americana, também dá as dicas para você continuar a viver plenamente sua vida sexual:

Converse com seu parceiro.Pode ser difícil, mas você também corre o risco de se surpreender. E, por mais desajeitado que pareça, vai fazer diferença na hora de viver a intimidade.

Visite seu médico. Recursos para minimizar eventuais desconfortos estão aí, ao alcance da mão. Fale francamente e aproveite as alternativas que a medicina oferece para você viver a vida mais plenamente.

Que tal consultar um terapeuta sexual? Por que não? E por que não levar seu parceiro/a?

Amplie seu conceito de sexo. O ato sexual é só um dos vários atos de intimidade que um casal pode ter ao longo do dia. Toques, carícias, beijos muitas vezes são tão revigorantes quanto o próprio ato em si.

Qual é seu horário mais 'quente'? Adapte sua rotina para aproveitar o sexo no seu momento de maior energia.

Não se apresse e crie um clima de romance. Leva mais tempo para atingir o nível de excitação? Então aproveite e explore jeitos novos de estar fisicamente juntos.


FONTE: ESTILO

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